Archivo:Ermida de São Pedro de Vir-a-Corça - Monsanto - Portugal (15594316780).jpg
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Resumen
DescripciónErmida de São Pedro de Vir-a-Corça - Monsanto - Portugal (15594316780).jpg |
No sopé da encosta escarpada sobre a qual se ergue a Aldeia Histórica de Monsanto encontra-se a Ermida de São Pedro de Vir/Ver-a-Corça, completamente isolada num bosque de sobreiros e rodeada por colossos blocos graníticos dispostos caoticamente - terá aqui o caos uma razão para existir ou o homem por motivos mágicos moldou a paisagem? Poderíamos incluir o local como fazendo parte do conjunto histórico, “mistérico” e de beleza ímpar que é o Mons Sanctus – uma das mais belas aldeias europeias. Mas a aldeia está lá em cima, erguida no topo de uma imponente inselberg granítico com 758 metros de altitude, que declina em escarpa abrupta em cerca de 300 m para o lugar que agora visitamos; cá em baixo olhamos embevecidos para esta impressionante fortaleza medieval, que daqui, parece uma construção mágica associada aos gigantes dos romances de cavalaria. O lugar de São Pedro de Vir-a-Corça é esplêndido, marcado pela arquitectura rude e singela, mas inesperada, daquela capela românica, pelo bosquete sublime e também pelas enormes fragas boleadas que ampliam a monumentalidade do lugar e a sua fusão entre a natureza e o sagrado. A igreja, que se constitui desde cedo como local de romaria e de feira, pelo menos desde os finais do século XIII (Dom Dinis concede carta de feira em 1308, consagrando provavelmente um uso existente), foi fundada entre os séculos XII e XIII de veneração associada ao São Pedro. Em 1613 constituir-se-á mesmo uma irmandade de São Pedro. Possui planta rectangular, com três naves definidas por quatro colunas jónicas, duas de cada lado e com abside e absidíolos rectangulares, denunciados volumetricamente pelo exterior. Também é muito curioso as 12 saliências rochosas na parede sul, que alguns autores crêem ser um antigo relógio de sol. Na fachada uma rosácea emoldurada por motivos geométricos com quadrifólio central e 8 arcos trilobados radiais. A norte, encostada a capela, existem sepulturas medievais cavadas na rocha. são pedro de vir a corça 2 300x171 Espaço sagrado de São Pedro de Vir a Corça (Monsanto Idanha a Nova) Terá sido São Pedro de Vir-a-Corça um local semelhante ao Santuário Pagão de Panoias? A torre sineira defronte, muito pura, em arco de volta perfeita, sobrepuja-se a grande bola granítica. Ao lado, numa reentrância erosiva, aponta-se o local de uma gruta eremítica. Por cima grandes cavidades, que poderão ser lagaretas ou tanques de ablução a deuses pré-históricos. Alguns destes pios espalham-se pelos afloramentos, alguns isolados outros conjugados, em depressões circulares ou poligonais decimétricas de origem antropormófica, alguns com cruzes gravadas (a posterior sacralização objecto pagão?); outros são claros gnammas, que poderão ter tido utilização humana. Podermos estar em presença de algo semelhante ao Santuário de Panóias? Ou serão simples tanques (reu)tilizados de apoio à feira medieval? ou serão simples lagaretas de vinho e azeite?ou, o que me parece mais acertado terem tido todas aquelas utilizações em diferentes épocas. Em São Pedro de Vir-a-Corça quantidades imensas de cerâmica comum prendem-se aos nossos pés arrastados, prováveis resto de utensílios usados para transporte dos produtos dos feirantes, alguma mesmo muito tosca, talvez mais coeva de tempos medievais.
Este texto que se segue foi adaptado do site das Casas do Cruzeiro (aqui) do amigo António, em Marialva, que uma vez nos salvou de dormir ao relento em Cidadelhe (Pinhel), mas adiante. Esta lenda conta-nos a história de Ricarda, uma mulher com um feitio horrível. Toda a gente se afastava dela, família e amigos, não havia quem a conseguisse aturar. A única pessoa que a olhava com bondade era um santo homem que ninguém sabia de onde viera e que habitava uma gruta escavada numa rocha. Ninguém sabia o seu nome mas como ele dizia que amava a Deus e a tudo o que existia na natureza, ficou conhecido por Amador. Como era sábio e de uma grande bondade, muitos eram os que o visitavam para pedir conselhos ou conversar com ele. Como pagamento recebia água fresca, pão ou muito excecionalmente uma peça de fruta. Ricarda também visitava Amador mas nunca mudava de atitude. Queixava-se de toda a gente, em resumo estava sempre de mal com a vida. Tanto fez, tantos inimigos arranjou que um dia teve de partir para longe. Quando voltou trazia com ela um filho pequeno, mas a mesma raiva no coração. Como era de esperar o único que a recebeu com bondade foi Amador. Interessou-se pelo menino e pediu-lhe que o deixasse baptizar, mas Ricarda respondeu torto como de costume. Praguejava também contra a criança dizendo que o menino era chorão e que em vez de amigos mais depressa arranjaria diabos que o levassem para o inferno. Ao dizer estas palavras, levantou-se um vendaval, o sol desapareceu atrás de uma nuvem avermelhada e ouviram-se gargalhadas sinistras. Um bando de demónios levou o menino e na mesma altura o chão abriu-se e “engoliu” a amarga Ricarda. Amador rezou com tal fé pelo menino que os demónios o largaram em cima de uma rocha, sem um único arranhão. O bondoso homem recolheu o menino e tratou dele, contando com a ajuda de uma corça que aparecia para dar leite ao menino sempre que este tinha fome. E a corça nunca faltou e o menino foi crescendo sempre junto do seu amigo a quem se afeiçoou. Ambos adquiriram a fama de santos e junto a gruta onde viviam ergueu-se uma capela que ainda hoje lá está e se chama Ermida de São Pedro de Vir-a-Corça. Destemido viajante (que aqui tinha estado por duas vezes com rodeado de tempo, silêncio e solidão) viu-se à terceira vez acompanhado pelo melhor abraço da sua vida e que tanto tempo durou e com tal enleio que jamais poderá esqueçer; se não era Diana ou Flídias, perto lá andava tão bonita e benigna divindade. É caso para dizer que à terceira é de vez. Este espaço, com os sons da natureza, o verde, Diana, Flídias, o gigantesco caos de blocos dos barrocos graníticos, a capela românica, os tanques, gnamamas, e o sombreado do maravilhosos chaparral, convida-nos à introspecção e para os crentes no além, em sentido lato, numa experiência religiosa única. Termino com a frase de Maria Adelaide Neto Salvado que rtirada do texto de Paulo Pereira. “ Em São Pedro de Vir-a-Corça perdura, dum modo diríamos palpável, o espírito do lugar, o geniu loci, que conferiu a este lugar a particularidade de Santuário, pois aí se respira hoje, muito densamente, esse sentimento do Sagrado.” Bibliografia: PEREIRA, Paulo – Enigmas Lugares Mágicos de Portugal. Templários e Templarismo. Vol V III , Círculo de Leitores, 2005. <a href="http://www.portugalnotavel.com/sao-pedro-de-vir-a-corca-monsanto/" rel="nofollow">www.portugalnotavel.com/sao-pedro-de-vir-a-corca-monsanto/</a> |
Fecha | |
Fuente | Ermida de São Pedro de Vir-a-Corça - Monsanto - Portugal |
Autor | Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL |
Posición de la cámara | 40° 02′ 07,5″ N, 7° 07′ 11,69″ O | Ubicación de esta y otras imágenes en: OpenStreetMap | 40.035418; -7.119913 |
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Esta imagen fue publicada en Flickr por Portuguese_eyes en https://flickr.com/photos/21446942@N00/15594316780 (archivo). La imagen fue revisada el 31 de marzo de 2019 por el robot FlickreviewR 2 y confirmó tener licencia bajo los términos de cc-by-sa-2.0. |
31 de marzo de 2019
Elementos representados en este archivo
representa a
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13 nov 2014
40°2'7.505"N, 7°7'11.687"W
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Fecha y hora | Miniatura | Dimensiones | Usuario | Comentario | |
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actual | 17:52 31 mar 2019 | 3828 × 2552 (5,58 MB) | Tm | Transferred from Flickr via #flickr2commons |
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Metadatos
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Fabricante de la cámara | Canon |
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Modelo de cámara | Canon EOS 40D |
Tiempo de exposición | 1/3200 seg (0,0003125) |
Número F | f/4 |
Fecha y hora de la generación de los datos | 10:05 13 nov 2014 |
Longitud focal de la lente | 17 mm |
Resolución horizontal | 240 ppp |
Resolución vertical | 240 ppp |
Posicionamientos Y y C | Co-localizados |
Pareja de valores blanco y negro de referencia |
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Calificación de velocidad ISO | 400 |
Versión de Exif | 2 |
Significado de cada componente |
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Modo de medición | Promedio centrado |
Flash | No se disparó el flash, disparo de flash anulado |
Versión admitida de Flashpix | 1 |
Espacio de color | sRGB |
Fuente de archivo | 0 |
Tipo de escena | 0 |